Quando iniciar Cannabis medicinal na endometriose

Sabemos que a endometriose afeta cerca de10% das mulheres em idade reprodutiva estando associada a cólicas menstruais intensas, menstruação abundante, alterações do funcionamento intestinal, dor durante relação sexual, dor pélvica não menstrual entre outros sintomas.

Há um consenso que o tratamento deve ser clínico medicamentoso a não ser em alguns casos especiais. O tratamento hormonal é eficaz em apenas 2/3 das pacientes.

Assim, devido à persistência da dor, algumas são submetidas a cirurgia, que é capaz de eliminar lesões visíveis, mas não curar a doença.

 Apesar da melhora a curto prazo, a recidiva pós-operatória é comum, especialmente se a terapia hormonal não for iniciada em seguida.

Assim, a demanda por opções de tratamentos mais duradouros para o alívio da dor tem sido alta.

Sabendo da participação do sistema nervoso central e do funcionamento harmônico do intestino na modulação da dor crônica associada à endometriose, tem sido crescente o interesse em novas medicações.

Este é o momento que associar a Cannabis medicinal pode fazer a diferença

Os efeitos benéficos do uso da Cannabis medicinal têm sido cada vez mais estudados e aplicados no controle da dor crônica em pacientes portadoras de endometriose e que não se beneficiam totalmente com o tratamento clássico hormonal.

A Cannabis contém mais de cem produtos químicos ativos, porém, três são bastantes distintos e ativos. O CBD o THC e CBG.

Além dessa ação no controle da dor, há uma vasta evidência sobre seus efeitos ansiolíticos, antidepressivos, estabilizadores do humor, modulador do sono entre outros benefícios indiretos.

Porém, é preciso ficar atento às ofertas crescentes de produtos derivados da Cannabis sem controle de qualidade que tem entrado no mercado brasileiro sem os devidos padrões de qualidade.